SAUDADES DOS DIAS TODOS
Saudades dos dias todos:
Da tumba de pedra,
Da casa com jardim amarelo,
Essas cores amadas:
Suponha os celestes, As rosas perfumadas
E essa água que tenha seu cantar
Os dias e as noites todas
Os tempos infinitos,
Com lágrimas vencidas
Pela vida aquela, quebrantada.
No tem que olhar só a grade tristeza,
As mãos rasgadas pelo dor.
Não tem que olhar essa dor só.
Um silencio milenário silencio
Cheio de falas esquecidas
Trajo um surco aprofundado
Nesse corpo suo
Feito de noites longas
E de essa luta pela luz,
Esse pão com sabor a terra limpa,
Com a pureza das plantas
Que crescem da bondade
E se misturam todas,
Deixando a melancólica vida sua
Fortalecida até com incertezas
E com uma quantidade incontável
De dores semeados pela vida.
Mãe, a mãe que mora lá,
Perto de um rio com pedras mornas,
Mãe que mora aqui, no meu coração:
A vida teu tinha extremo dores.
Eles gritavam de um jeito sumo;
No silencio dos dias feridos,
Extremamente feridos, incansáveis.
Eu lembro essa cor celeste
E as suas lagrimas tentando assim
Apagar esse fogo que doía
Como sim a tristeza fora parte do rio,
E como sim esta vida tivesse mais feridas
Das que ela, a mãe, pudesse contêiner
Nessa enorme saudade
Virada em impotência vencida,
Essa dor, essa dor, essa dor.
Jorge Arturo Ortiz ©
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